A primeira colônia inglesa na América foi na região da
Virgínia, onde foi estabelecida uma colônia de assentamento. Chamava-se Jamestown, por ser próxima ao rio James.
Aos poucos o processo de colonização britânico ganhou
força com a política de cercamentos, que expulsou os pequenos agricultores de
suas propriedades, forçando-os a buscar outras possibilidades no Novo Mundo. Ao
mesmo tempo os conflitos religiosos que tomaram conta da Inglaterra após a
reforma anglicana também motivaram a imigração dos puritanos ingleses para a
América.
Em 1620, o navio Mayflower saiu da Inglaterra com um
grupo de artesãos, pequenos burgueses, comerciantes e pequenos proprietários
interessados em “fazer a América”, prosperar e praticar o protestantismo
livremente. Naquele mesmo no fundaram a colônia Plymounth, atual Massachusetts,
que logo se transformou no ponto inicial da chamada Nova Inglaterra.
Na região norte os colonos tiveram que superar grandes
dificuldades para posteriormente consolidarem pequenas propriedades. Com uso de
mão de obra livre, formaram-se comércios diversificados sustentados pela
implantação da manufatura o que fez surgir um mercado consumidor.
Na região sul, as condições geográficas e climáticas,
clima subtropical, solo fértil e planícies cortadas por rios navegáveis, fez
surgir um modelo de colonização semelhante aos padrões ibéricos. Com o sistema
de plantations, surgiram grandes
propriedades monocultoras, produtoras de tabaco, algodão e arroz. A grande demanda
de mão de obra favoreceu a adoção da mão de obra escrava.
A região central, de ocupação tardia, ficou
caracterizada pela produção agropecuarista e manufatureira. As primeiras colônias
centrais surgiam somente por volta de 1681 com a fundação das colônias do
Delaware e da Pensilvânia.
O
processo de independência
O sistema colonial começou a ruir. As ideias iluministas
de direito à vida, à liberdade e à rebelião chegaram às colônias trazidas por
jornais, livros, viajantes e jovens colonos que iam estudar na Europa. As
primeiras a se revoltar foram as colônias inglesas da América do Norte.
A Inglaterra tinha pouco interesse por suas colônias americanas.
Isso propiciou a liberdade de ação das colônias.
Mas uma grande mudança ocorreu após o fim da Guerra
dos Setes Anos, em 1763. A Inglaterra saiu vitoriosa do conflito, porém para
recuperar-se financeiramente após o período de guerra, voltou seus interesses
as suas colônias norte americanas.
A princípio a Inglaterra decidiu regulamentar a
ocupação das terras tomadas da França no fim da Guerra dos Sete Anos. Esse
território ficava a oeste das 13 colônias, nos vales dos rios Ohio e
Mississipi, e os colonos já tinham interesse nesse território, mas a coroa inglesa
se opôs e declarou em 1763 que essas terras ficariam reservadas aos índios.
Os novos planos da Inglaterra incluíam reforços na
cobrança de tributos. A primeira lei neste sentido foi a Lei do açúcar (1764),
posteriormente a Lei do Selo (1765).
Os colonos não aceitaram as novas leis e começaram um
movimento de boicote aos produtos ingleses. Diante do boicote dos colonos, os
ingleses se viram obrigados a revogar as leis, mas insistiram em impor outras
medidas que foram igualmente não aceitas pelos colonos.
Uma dessas novas medidas foi a Lei do Chá. Em protesto
contra essa nova lei, em 1773 um grupo de colonos, disfarçados de índios,
invadiram navios da Companhia das Índias e lançaram ao mar os carregamentos de
chá. Esse episódio ficou conhecido como festa do chá de Boston. Em 1774 o
governo britânico reagiu e fechou o porto de Boston até que os colonos pagassem
o prejuízo à Companhia das Índias e aboliu as liberdades políticas de Massachusetts,
eram as chamadas Leis Intoleráveis.
No mesmo ano, num primeiro congresso na Filadélfia as
treze colônias decidiram boicotar novamente os produtos ingleses, porém desta
vez o rei da Inglaterra George III, foi irredutível e manteve a cobrança de
tributos.
Em abril de 1775, se iniciou então, uma guerra que
duraria seis anos. A Guerra de Independência.
No ano seguinte, segundo congresso da Filadélfia, os
deputados decidiram pela emancipação das colônias. Em 4 de abril de 1776, foi
aprovada a Declaração de Independência, elaborada por Thomas Jefferson.
O exército dos colonos estava em desvantagem, porém
França e Espanha forneceram apoio militar, visando prejudicar a Inglaterra. A
guerra durou até 1781, quando os ingleses se renderam. Um acordo de paz foi
assinado em Paris. Em 1783 a Inglaterra cedeu territórios a França e a Espanha
e reconheceu a independências das treze colônias.
Em 1787, reunidos representantes das 13 ex-colônias aprovaram
uma Constituição nacional e o novo país passou a se chamar Estados Unidos da
América.
Os Estados Unidos inovou em adotar um regime político
diferente dos países europeus. Instauraram uma República presidencialista e
organizaram-se em uma federação. Isto garantia ampla autonomia dos
Estados-membros, embora houvesse um poder central.
A Constituição possuía apenas sete artigos e era
inspirada nos pensadores iluministas. Depois de aprovada a Constituição,
elegeram o primeiro presidente, George Washington, que havia sido o comandante
militar da Guerra de Independência.
A independência dos Estados Unidos foi um marco nos
tempos modernos. Significou um golpe no sistema colonial, inspirou as outras
colônias americanas à independência e contribuiu para a Revolução Francesa.