Após a notícia da chegada de Colombo em um
território até então desconhecido aos europeus, uma série de expedições
espanholas, resultou na descoberta da existência de metais preciosos nessas
novas terras. Essa descoberta levou à conquista desses territórios e das nações
que nela habitavam.
Ao chegarem aqui, os espanhóis depararam-se com
civilizações capazes de elaborar complexas instituições políticas e sociais.
Apesar da descoberta, a satisfação dos interesses
econômicos mercantis era muito maior que o valor daquela experiência cultural.
Os soldados de Hernán Cortéz venceram os Astecas,
Pedro de Lavarado e seus homens dominaram a região da Guatemala, Francisco
Pizarro e seus comandados destruíram o poderoso Império Inca, a Colômbia dos
Chibchas foi arrasada pelas tropas de Jimenez de Quesada, Pedro Valdívia e Diego
de Almagro conquistaram o Chile dos Araucanos e Pedro de Mendonza com suas
tropas aniquilou os Charruas, dominando a vasta região do Rio Prata.
A colonização espanhola foi terrível e violenta,
primeiro pela superioridade bélica dos europeus, o próprio contato com os
europeus provocou a instalação de epidemias que matavam as populações nativas
em poucos dias. Outra forma de dominação utilizada pelos espanhóis foi o
acirramento das rivalidades já existentes entre tribos locais rivais. Depois
dos nativos se desgastarem em conflitos, a dominação hispânica agia para
controlar as tribos em questão.
Durante a conquista a Coroa espanhola enviava
pessoas encarregadas de conquistar vários territórios apropriando-se de suas
riquezas e sua população, podendo utilizá-las como bem entendessem desde que
pagassem os impostos determinados pela coroa, essas pessoas eram chamadas de “adelantados”.
Devido a cobiça dos adelantados na metade do século
XVI a Coroa tratou de substituí-los por funcionários de sua confiança e criou
quatro Vice-reinados e quatro Capitanias Gerais. Suas funções eram a
fiscalização e a vigilância sobre todos os funcionários.
Na metrópole ficavam os departamentos encarregados
das decisões finais: a Casa de Contratação e o Real Supremo Conselho das
Índias.
A Casa de Contratação foi fundada em 1503 e tinha
todo controle da exploração colonial
O Real Supremo Conselho das Índias, foi criado em
1511 para administrar as colônias, cabendo-lhe nomear os funcionários coloniais,
exercer tutela sobre os índios e fazer as leis para a América.
A sociedade na América espanhola pode ser
representada da seguinte forma:
A estrutura colonial imposta pela Espanha visava
essencialmente o envio de metais preciosos à Espanha, sob a forma de tributos
ou através do pagamento de utilidades necessárias aos colonos e estes eram
obrigados a adquirir através dos comerciantes metropolitanos.
O mais importante imposto cobrado dos colonos era o
quinto, que incidia sobre toda extração de matais preciosos. Além de impostos
de importação e exportação, além de “contribuições” obrigatórias a Coroa
espanhola.
A principal forma de exploração de mão de obra era
o sistema de “encomienda” e a “mita”.
A “encomienda” era um sistema em que o encomendeiro
recebia da Coroa, direitos sobre uma área, onde podiam cobrar tributos em
dinheiro ou em forma de trabalho dos índios, mas eram obrigados a ampará-los e
protegê-los e instruir-lhes o catolicismo.
A “mita” ou repartimento era empregada principalmente
nas áreas de mineração. As tribos indígenas eram obrigadas a fornecer um
determinado número de pessoas para trabalhar nas minas, eram obrigados, constantemente
a fazer deslocamentos de centenas de quilômetros desgastando-se fisicamente e
trabalhando arduamente nas minas.
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