quarta-feira, 17 de abril de 2013

MOVIMENTO REPUBLICANO NO BRASIL


A causa abolicionista foi favorecida por alguns fatores: simpatia da classe média e do apoio os cafeicultores paulistas, a abolição da escravidão, sem indenização aos proprietários a questão religiosa e a questão militar.
Os cafeicultores, especialmente os da região do Vale do Paraiba ficaram descontentes com o fim da abolição, pois esperavam ser indenizados. Outros faliram, pois seus escravos eram muitas vezes grande parte do que possuíam e eles não tinham dinheiro para pagar os trabalhadores.

A Questão Religiosa
A constituição vigente no Brasil não separava Estado e Igreja e determinava também que nenhuma determinação do papa entrava em vigor sem o aval do imperador.
Em 1864, o Papa Pio IX ordenou que a igreja deveria agir contra a maçonaria. Isso porque em 1870 a Itália foi unificada e as regiões que antes pertenciam a Roma passaram a ser governadas por um Estado Laico.
O poder da Igreja diminuía cada vez mais e a maçonaria apoiava essas mudanças, inclusive o fim do ensino religioso nas escolas.
Mas aqui no Brasil a Igreja e a maçonaria conviviam bem. Existia inclusive, padre que eram maçons, muitos políticos, governantes e o próprio imperador também eram.
Os bispos de Olinda e do Pará acataram a ordem do papa e ordenaram a expulsão dos padres das confrarias.
As irmandades punidas recorreram ao governo que exigiu de D. Vital (Olinda) e D. Antônio (Pará) revogassem a sua decisão. Eles não aceitaram e foram julgados e presos em 1874.
Isso ocasionou um grande descontentamento entre os católicos. No ano seguinte, depois da intervenção do próprio papa, os bispos foram, anistiados.
Esse episódio ficou conhecido como Questão Religiosa (1872 – 1875). Os defensores da República eram contra a união entre Igreja e o Estado.

A Questão Militar
Após a guerra do Paraguai, o exercito assumiu uma postura de salvadores da pátria e por esse motivo, deveriam interferir na vida política brasileira.
Um episódio envolvendo o mestre de jangada Francisco Nascimento e o exercito ganhou grande repercussão na imprensa.
O mestre de jangada Francisco Nascimento recusou-se a embarcar escravos nas jangadas e transporta-los ate os navios que levariam para outras províncias.
O exercito apoiou sua decisão e o jangadeiro foi homenageado pelo tenente-coronel Antonio de Sena Madureira. Ele foi punido por seu superior e foi transferido para o Rio Grande do Sul.
Em 1885 Madureira publicou um jornal gaucho, um artigo sobre a homenagem ao jangadeiro. O ministro de guerra ordenou nova punição á Madureira, porem o Marechal Deodoro se negou a puni-lo.
Por causa de sua atitude Marechal Deodoro acabou sendo substituído de suas funções em 1886. O caso gerou grande descontentamento e revolta entre os oficiais que passaram a manifestar-se contra o Estado.

O Visconde de Ouro-Preto
Em 1889, D. Pedro II resolveu fazer uma serie de mudanças com intuito de enfrentar o movimento republicano e tentar ganhar apoio novamente.
D. Pedro nomeou o Visconde de Ouro Preto para o cargo de presidente do conselho de ministros.
Este por sua vez tratou de propor uma serie de mudanças como a liberdade religiosa e a autonomia das províncias, requeridas já ha algum tempo pelos republicanos.
Porem isso não deu certo pois os deputados não aprovaram as mudanças propostas por ele. Diante disso D. Pedro dissolveu a Câmara dos Deputados e convocou novas eleições, esperando que os novos deputados pudessem aprovar as mudanças propostas no dia 20 de novembro.
Enquanto um golpe militar era tramado pelos republicanos no Clube Militar nos dias 8 e 9 de novembro de 1889, D. Pedro II estava na Ilha Fiscal.
Marechal Deodoro da Fonseca foi convencido a chefiar a revolta embora não pretendesse por fim ao Império e nem derrubar o imperador, seu amigo pessoal.
No dia 15 de Novembro, Deodoro, mesmo doente, cavalgou com suas tropas para o Ministério de guerra onde o Visconde de Ouro Preto e diversos ministros foram se refugiar ao saberem da revolta militar.
Não houve resistência ao golpe Marechal Floriano Peixoto abriu as portas do quartel para a confraternização das tropas.
D. Pedro II que estava em sua casa em Petrópolis, desceu para o Rio de Janeiro para tentar controlar a situação mas não obteve sucesso.
Naquele mesmo dia a Republica foi proclamada e a noite os lideres republicanos organizaram um governo provisório.
A primeira medida tomada pelo novo governo foi a expulsão da família real que sem oferecer resistência, deixou o Brasil em 17 de Novembro.
D. Pedro morreu 2 anos depois em Paris, aos 66 anos de idade.

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