segunda-feira, 22 de abril de 2013

EGITO E MESOPOTÂMIA

O Egito




A civilização egípcia antiga desenvolveu-se no nordeste africano as margens do rio Nilo, como a região é formada por um deserto (Saara), o rio Nilo ganhou uma extrema importância para os egípcios. O rio era utilizado como via de transporte de mercadorias e pessoas. As águas do rio Nilo também eram utilizadas para beber, pescar e fertilizar as margens, nas épocas de cheias, favorecendo a agricultura.
Na região mais próxima ao mar Mediterrâneo, o rio Nilo forma um grande delta, cuja terras eram muito férteis. Essa região ficou conhecida como BAIXO EGITO. A partir da cidade de Mênfis na direção do sul, ficava o ALTO EGITO cuja terras férteis constituíam uma estreita faixa ao longo do rio.
A história do Egito divide-se em três grandes períodos: Antigo ou Alto Império, Médio Império e Novo ou Baixo Império.

Antigo Império 3200 – 2000 a.C.
O primeiro Imperador do Egito foi Menés que unificou o Alto e o Baixo Egito iniciando o período conhecido como Antigo Império. A capital era a cidade de Tinis, mas com a sucessão de faraós ao longo do tempo, a capital mudou para Menfis.
Neste período foram construídas as Pirâmides de Quéops, Quefrem e Miquerinos. As pirâmides são consideradas como grandes sepulturas destinadas aos faraós. Tinham a finalidade de proteger o corpo do faraó, assim como seus pertences: jóias, armas e alguns objetos; quanto maior fosse a pirâmide, maior seria a sua glória. Os egípcios acreditavam na vida após a morte, por esta razão, enterravam os faraós com os seus pertences, para que fossem utilizados pelo mesmo em outra vida.
A religião era politeísta, com cultos a Amon –Rá, Osíris, Ísis, Hórus e Set, além de deuses menores.
Durante o Antigo Império existiu uma grande centralização política, o que garantiu aos seus comandantes o poder político, religioso e militar, dando status de deus ao faraó, o qual acreditavam que tinham poder sob as cheias do Nilo, garantindo alimento a todos.
Ao longo do tempo alguns faraós não apresentaram a mesma habilidade política que os anteriores, o que proporcionou várias crises internas, possibilitando o fortalecimento dos monarcas (líderes das tribos que compunham o Egito conhecidas como “nomos”) e também dos sacerdotes que deixaram de respeitar o faraó.
O Médio Império. (2000 – 1750 a.C.)
Durante este período, os faraós conseguiram novamente centralizar o poder e estabeleceram na cidade de Tebas a nova capital. O destaque desta nova era são as grandes obras de irrigação, que proporcionaram aumento na produção de alimentos e uma certa tranqüilidade interna, o que durou até ocorrer a invasão do hicsos, povo da Ásia Menor, que  utilizavam-se de cavalos, carros de guerra e armas de ferro desconhecidos pelo egípcios. Nesse período, os hebreus também invadiram o Egito e passaram a se localizar na região produtiva do delta do Nilo juntamente com os hicsos, isolando a capital de Tebas.
O Novo Império (1580 – 622 a.C)
O Novo Império destaca-se num primeiro momento pelo movimento nacionalista/militar liderado por Amósis I que culminou na expulsão dos hicsos e na escravização dos hebreus até 1250 a.C., período relatado no livro do Êxodo.
Neste período nota-se uma documentação um pouco maior devido à proximidade temporal, o que não significa que poderemos relatar toda esta fase. Abaixo segue um pequeno resumo sobre alguns faraós que se destacaram neste período:
Tutmés III : ampliação do Império.
Ramsés II :  ampliação do Império, derrotou os hititas, povo que vivia ao norte da Palestina, a sua vitória possibilitou a aquisição de riquezas para as construções dos templos de Luxor e Karnac.
Amenófis IV ou Amen-hotep IV: para anular o poder dos sacerdotes que voltava a crescer e minimizava o poder do faraó, Amenófis IV instituiu o culto monoteísta ao deus Aton, “circulo solar”, realizando uma grande reforma religiosa, descontentando os sacerdotes. Para fortalecer o seu poder, o Faraó mudou a capital para Tell el-Amarna, e nomeou-se o único mestre religioso, mudando seu nome para Akhenaton. Era casado com a rainha Nefertiti ou Nefertire e juntos, lideraram o culto monoteísta desafiando os sacerdotes e, apesar da resistência, conseguiram um grande número de adeptos em todo o Egito. Sobre essa questão, é importante ressaltar que é possível encontrar em algumas fontes informações que sugerem que a rainha poderia ter governado o Egito como Rainha Faraó após a morte do esposo, sendo obrigada a restabelecer o politeísmo. Tal hipótese não é aceita amplamente pelos egiptólogos e a tese mais aceita é a de que a rainha teria falecido no parto do filho Tutankhaton e o Faraó teria se casado novamente. Infelizmente muitos documentos que remontam a este período foram perdidos ou destruídos ou para os mais esperançosos, ainda não foram encontrados pela arqueologia. Com a morte de Akhenaton os sacerdotes obrigam Tutankhaton a mudar o seu nome para Tutankhamon e restabelecem o politeísmo. A mudança nas últimas letras simbolizaria o culto a “Aton – monoteísta” e a “Amon – politeísmo” relembrando Amon-rá e os outros deuses. Tutankhamon ainda tentou restabelecer o monoteísmo, mas foi impedido pelos sacerdotes.
A sociedade estava dividida em várias camadas, sendo que o faraó era a autoridade máxima, chegando a ser considerado um deus na Terra. Os escravos também compunham a sociedade egípcia e, geralmente, eram pessoas capturadas em guerras. Trabalhavam muito e nada recebiam por seu trabalho, apenas água e comida.
A escrita também foi algo importante para este povo, pois permitiu a divulgação de idéias, comunicação e controle de impostos. Existiam duas formas principais de escrita: a demótica (mais simplificada) e a hieroglífica (mais complexa e formada por desenhos e símbolos).
A economia  era baseada principalmente na agricultura que era realizada, principalmente, nas margens férteis do rio Nilo. Os egípcios também praticavam o comércio de mercadorias e o artesanato.
A religião  era repleta de mitos e crenças interessantes. Acreditavam na existência de vários deuses (muitos deles com corpo formado por parte de ser humano e parte de animal sagrado) que interferiam na vida das pessoas. As oferendas e festas em homenagem aos deuses eram muito realizadas e tinham como objetivo agradar aos seres superiores, deixando-os felizes para que ajudassem nas guerras, colheitas e momentos da vida.  Cada cidade possuía deus protetor e templos religiosos em sua homenagem.
Como acreditavam na vida após a morte, mumificavam os cadáveres dos faraós colocando-os em pirâmides, com o objetivo de preservar o corpo.
Essa civilização  destacou-se muito nas áreas de ciências. Desenvolveram conhecimentos importantes na área da matemática, usados na construção de pirâmides e templos. Na matemática, os procedimentos de mumificação, proporcionaram importantes conhecimentos sobre o funcionamento do corpo humano.
Na arquitetura destacam-se a construção de templos, palácios e pirâmides. Estas construções eram financiadas e administradas pelo governo dos faraós. Grande parte delas eram erguidas com grandes blocos de pedra, utilizando mão-de-obra escrava. As pirâmides e a esfinge de Gizé são as construções mais conhecidas do Egito Antigo.



A Mesopotâmia


A Mesopotâmia abrigou as primeiras sociedades conhecidas e era localizada entre os rios Tigre e Eufrates.
Nessa região viveram vários povos como sumérios, babilônios, acádios e etc., esses povos adaptaram-se a esse lugar construindo diques e barragens para se defender das cheias dos rios.
Organizaram-se em aldeias onde havia a divisão do trabalho em grupos, essas aldeias deram origem as primeiras cidades, onde ainda era preservada a vida rural, misturando o espaço urbano com regiões de pastoreio.
Os mesopotâmicos eram politeístas e as decisões nessas cidades eram tomadas pelos grupos mais poderosos: os sacerdotes, o rei e sua corte.
Além das funções religiosas os sacerdotes também exerciam atividades econômicas, com as oferendas recebidas pelos fiéis acumularam rico patrimônio, e para controlar essas finanças começaram a desenvolver um sistema de escrita e numeração.
A escrita dos povos sumérios é a que possui a mais antiga datação, e os primeiros sinais dessa escrita era pictográfico, que consistiam em desenhos figurativos do objeto representado, mas que com o passar do tempo começaram a representar os sons da fala humana, e a registrar com estilete em forma de cunha na argila.
Na Mesopotâmia também se desenvolveram os primeiros “códigos de justiça” escritos, onde se destaca o de Hamurábi com 280 códigos, onde encontramos o principio do talião que diz que a pena não seria uma vingança arbitrária, mas proporcional à ofensa provocada pelo criminoso, essa pena podia ser revertida em uma recompensa econômica como gado, terra, armas e etc.


0 comentários:

Postar um comentário