A
causa abolicionista foi favorecida por alguns fatores: simpatia da classe média
e do apoio os cafeicultores paulistas, a abolição da escravidão, sem
indenização aos proprietários a questão religiosa e a questão militar.
Os
cafeicultores, especialmente os da região do Vale do Paraiba ficaram
descontentes com o fim da abolição, pois esperavam ser indenizados. Outros
faliram, pois seus escravos eram muitas vezes grande parte do que possuíam e
eles não tinham dinheiro para pagar os trabalhadores.
A Questão Religiosa
A
constituição vigente no Brasil não separava Estado e Igreja e determinava
também que nenhuma determinação do papa entrava em vigor sem o aval do
imperador.
Em
1864, o Papa Pio IX ordenou que a igreja deveria agir contra a maçonaria. Isso
porque em 1870 a Itália foi unificada e as regiões que antes pertenciam a Roma
passaram a ser governadas por um Estado Laico.
O
poder da Igreja diminuía cada vez mais e a maçonaria apoiava essas mudanças,
inclusive o fim do ensino religioso nas escolas.
Mas
aqui no Brasil a Igreja e a maçonaria conviviam bem. Existia inclusive, padre
que eram maçons, muitos políticos, governantes e o próprio imperador também
eram.
Os
bispos de Olinda e do Pará acataram a ordem do papa e ordenaram a expulsão dos
padres das confrarias.
As
irmandades punidas recorreram ao governo que exigiu de D. Vital (Olinda) e D.
Antônio (Pará) revogassem a sua decisão. Eles não aceitaram e foram julgados e
presos em 1874.
Isso
ocasionou um grande descontentamento entre os católicos. No ano seguinte,
depois da intervenção do próprio papa, os bispos foram, anistiados.
Esse
episódio ficou conhecido como Questão Religiosa (1872 – 1875). Os defensores da
República eram contra a união entre Igreja e o Estado.
A Questão Militar
Após
a guerra do Paraguai, o exercito assumiu uma postura de salvadores da pátria e
por esse motivo, deveriam interferir na vida política brasileira.
Um
episódio envolvendo o mestre de jangada Francisco Nascimento e o exercito
ganhou grande repercussão na imprensa.
O
mestre de jangada Francisco Nascimento recusou-se a embarcar escravos nas
jangadas e transporta-los ate os navios que levariam para outras províncias.
O
exercito apoiou sua decisão e o jangadeiro foi homenageado pelo tenente-coronel
Antonio de Sena Madureira. Ele foi punido por seu superior e foi transferido
para o Rio Grande do Sul.
Em
1885 Madureira publicou um jornal gaucho, um artigo sobre a homenagem ao
jangadeiro. O ministro de guerra ordenou nova punição á Madureira, porem o
Marechal Deodoro se negou a puni-lo.
Por
causa de sua atitude Marechal Deodoro acabou sendo substituído de suas funções
em 1886. O caso gerou grande descontentamento e revolta entre os oficiais que
passaram a manifestar-se contra o Estado.
O Visconde de Ouro-Preto
Em
1889, D. Pedro II resolveu fazer uma serie de mudanças com intuito de enfrentar
o movimento republicano e tentar ganhar apoio novamente.
D.
Pedro nomeou o Visconde de Ouro Preto para o cargo de presidente do conselho de
ministros.
Este
por sua vez tratou de propor uma serie de mudanças como a liberdade religiosa e
a autonomia das províncias, requeridas já ha algum tempo pelos republicanos.
Porem
isso não deu certo pois os deputados não aprovaram as mudanças propostas por
ele. Diante disso D. Pedro dissolveu a Câmara dos Deputados e convocou novas
eleições, esperando que os novos deputados pudessem aprovar as mudanças
propostas no dia 20 de novembro.
Enquanto
um golpe militar era tramado pelos republicanos no Clube Militar nos dias 8 e 9
de novembro de 1889, D. Pedro II estava na Ilha
Fiscal.
Marechal
Deodoro da Fonseca foi convencido a chefiar a revolta embora não pretendesse
por fim ao Império e nem derrubar o imperador, seu amigo pessoal.
No
dia 15 de Novembro, Deodoro, mesmo doente, cavalgou com suas tropas para o
Ministério de guerra onde o Visconde de Ouro Preto e diversos ministros foram
se refugiar ao saberem da revolta militar.
Não
houve resistência ao golpe Marechal Floriano Peixoto abriu as portas do quartel
para a confraternização das tropas.
D.
Pedro II que estava em sua casa em Petrópolis, desceu para o Rio de Janeiro para
tentar controlar a situação mas não obteve sucesso.
Naquele
mesmo dia a Republica foi proclamada e a noite os lideres republicanos
organizaram um governo provisório.
A
primeira medida tomada pelo novo governo foi a expulsão da família real que sem
oferecer resistência, deixou o Brasil em 17 de Novembro.
D.
Pedro morreu 2 anos depois em Paris, aos 66 anos de idade.
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